A NeuroSaber ganhou destaque no G1 em uma reportagem assinada por Emily Santos que reforça um ponto central para o país: alfabetização é uma questão de direitos e de participação social. Na matéria, que discute alfabetização na idade certa e o desafio do analfabetismo funcional no Brasil, Luciana Brites — CEO do Instituto NeuroSaber e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento — contribui com uma análise clara e embasada sobre o papel das habilidades precursoras e da janela de desenvolvimento na aprendizagem da leitura e da escrita.
Por que alfabetização é questão de cidadania
A reportagem do G1 expõe que ler e escrever vão além do conteúdo escolar: são ferramentas concretas para participar da vida comunitária, acessar serviços, compreender informações e atuar criticamente no mundo do trabalho e na sociedade. Quando a alfabetização acontece tardiamente — ou quando a pessoa permanece no nível de analfabetismo funcional — direitos são renegados e oportunidades se estreitam, afetando mais intensamente populações vulnerabilizadas por fatores sociais, econômicos e raciais.
Os dados apresentados ajudam a dimensionar o cenário: em 2024, 59,2% das crianças matriculadas na rede pública foram alfabetizadas na idade certa, um avanço importante, mas ainda insuficiente. Ao mesmo tempo, três em cada dez brasileiros entre 15 e 64 anos permanecem no nível de analfabetismo funcional, sendo que a prevalência é maior na faixa dos 40 a 64 anos e chega a mais da metade entre pessoas com 50 anos ou mais. O recorte racial evidencia desigualdades persistentes: a proporção de alfabetização consolidada é menor entre pretos, pardos, indígenas e amarelos quando comparada a brancos.
O que disse Luciana Brites no G1
Convidada pela reportagem, Luciana Brites reforça que o tempo importa na alfabetização por razões neurobiológicas e pedagógicas. Segundo ela, idealmente a criança deve estar alfabetizada até os 8 anos, quando os circuitos neurais atingem um ápice relevante para consolidar habilidades de leitura e escrita. Esse período favorece o desenvolvimento e reduz o risco de dificuldades posteriores, especialmente quando o ensino se apoia em abordagens explícitas, sistemáticas e graduais. Ao mesmo tempo, Luciana sublinha que a alfabetização pode ocorrer em qualquer fase da vida; o que muda é o esforço e as adaptações necessárias, inclusive em aspectos motores e atencionais, que podem demandar intervenções específicas.
Um ponto-chave trazido por Luciana é o das “habilidades precursoras” — como consciência fonológica, vocabulário, nomeação rápida, princípio alfabético e memória de trabalho. Essas habilidades funcionam como base para a leitura fluente e a compreensão leitora. Quando estimuladas de modo intencional e progressivo, aumentam a probabilidade de sucesso; quando negligenciadas, tendem a atrasar a trajetória de alfabetização.
O retrato do analfabetismo funcional e as desigualdades
A matéria do G1 também chama atenção para a permanência de índices elevados de analfabetismo funcional no Brasil e para seu recorte desigual. Além da faixa etária mais afetada, há um componente histórico e estrutural refletido nos dados de raça e renda, nas oportunidades educacionais e no acesso a práticas pedagógicas eficazes. Esse cenário reforça a urgência de políticas públicas e estratégias escolares que garantam ensino de qualidade com foco na equidade — da educação infantil às ações com jovens e adultos.
Como a NeuroSaber contribui com soluções baseadas em evidências
A aparição da NeuroSaber no G1 dialoga diretamente com a missão da instituição: aproximar ciência e sala de aula com metodologias que funcionam. Na prática, isso se traduz em programas estruturados de alfabetização e recomposição, formação docente contínua, materiais pedagógicos com instrução explícita e acompanhamento por dados. O enfoque na Educação Baseada em Evidências (EBE) e nas neurociências apoia decisões curriculares, rotinas de ensino e intervenções direcionadas, sempre com o objetivo de ampliar o repertório pedagógico e reduzir desigualdades de aprendizagem.
Ao trabalhar com habilidades precursoras, sequência didática clara, prática distribuída e feedback frequente, a NeuroSaber oferece caminhos para que professores e redes avancem em indicadores de leitura e escrita sem abrir mão da inclusão. Isso significa garantir acesso, participação e progresso para todas as crianças — típicas e atípicas —, respeitando ritmos, necessidades e contextos.
Por que essa presença no G1 importa para escolas e redes
Quando um veículo nacional como o G1 destaca a relação entre alfabetização e cidadania e convida especialistas para aprofundar o tema, o debate público ganha densidade e direcionalidade. Para gestores e professores, esse tipo de cobertura reforça a importância de combinar políticas com práticas — isto é, alinhar metas e monitoramento a rotinas pedagógicas que realmente mudam a sala de aula. A fala de Luciana Brites sobre janela de desenvolvimento e habilidades precursoras oferece um mapa prático para planejar intervenções, formar professores e orientar famílias.
Seja no desenho de sequências de instrução, na avaliação formativa frequente, no reforço de consciência fonológica e princípio alfabético, ou na mobilização da literacia familiar, o recado é claro: resultados vêm de combinações consistentes entre ciência, intencionalidade e persistência. A visibilidade no G1 ajuda a amplificar essa mensagem, alcançando gestores, educadores e comunidades que desejam transformar a aprendizagem em direito efetivo.
A presença da NeuroSaber no G1, com a participação de Luciana Brites, é mais um passo para colocar a alfabetização no centro da agenda pública com base em evidências, inclusão e compromisso com resultados. Em um país que ainda convive com taxas elevadas de analfabetismo funcional e desigualdades educacionais, defender a alfabetização na idade certa e o acesso a práticas eficazes é defender a cidadania.