MEC, MCom e Unesco discutem transformação digital na educação: o que isso significa para o futuro das escolas brasileiras?
O Ministério da Educação (MEC) participou, nesta semana, em Brasília, da visita técnica do Digital Transformation Collaborative (DTC). A iniciativa, liderada pela Unesco, reúne parceiros internacionais como Unicef e União Internacional de Telecomunicações (ITU) para apoiar países na implementação de suas agendas de transformação digital na educação básica.
Índice
O que é o Digital Transformation Collaborative (DTC)?
Objetivos da visita técnica ao Brasil
A Estratégia Nacional Escolas Conectadas (Enec)
Desafios da transformação digital na educação brasileira
Papel dos parceiros internacionais
Próximos passos
Fontes
O que é o Digital Transformation Collaborative (DTC)?
O Digital Transformation Collaborative (DTC) é uma iniciativa estratégica internacional liderada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) que surgiu como resposta à crescente necessidade global de apoiar países, especialmente aqueles em desenvolvimento, na implementação eficaz de suas agendas de transformação digital no setor educacional.
Estrutura e Parceiros
O DTC funciona como um consórcio colaborativo que reúne diversas organizações internacionais com expertise complementar em educação e tecnologia. A UNESCO lidera a iniciativa e contribui com sua expertise em políticas educacionais e desenvolvimento de currículos. O UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) traz sua experiência em educação infantil e proteção de crianças no ambiente digital. A ITU (União Internacional de Telecomunicações) contribui com conhecimento técnico em infraestrutura de telecomunicações e padrões tecnológicos. Dependendo do país e das necessidades específicas, o DTC também pode envolver organizações regionais, fundações privadas e instituições acadêmicas como parceiros adicionais.
Objetivos Principais
O DTC tem como foco primordial oferecer assessoria técnica especializada para governos na elaboração e implementação de políticas de transformação digital educacional. Ele busca facilitar a troca de experiências e boas práticas entre diferentes países, criando uma rede global de aprendizagem. Outro objetivo importante é a formação de equipes técnicas locais para garantir a sustentabilidade das iniciativas de transformação digital. O estabelecimento de frameworks para acompanhar o progresso e avaliar o impacto das iniciativas implementadas também faz parte de sua missão, assim como ajudar países a identificar e acessar fontes de financiamento para seus projetos de transformação digital.
Metodologia de Trabalho
O DTC adota uma abordagem personalizada para cada país parceiro. O processo começa com um diagnóstico inicial que avalia o estado atual da infraestrutura digital, políticas existentes e necessidades específicas do sistema educacional. Em seguida, ocorre o planejamento colaborativo para o desenvolvimento conjunto de estratégias alinhadas às prioridades nacionais e às melhores práticas internacionais. As visitas técnicas, como a realizada recentemente no Brasil, permitem que especialistas internacionais interajam com autoridades locais e conheçam a realidade do país. Durante as fases de implementação das políticas e programas, o DTC oferece acompanhamento contínuo. Por fim, o país é integrado em uma comunidade internacional de prática para compartilhamento de experiências e aprendizados.
Relevância para o Brasil
A parceria com o DTC traz benefícios estratégicos para o Brasil. Ela proporciona uma visão global com aplicação local, oferecendo acesso a perspectivas internacionais adaptadas à realidade brasileira, com suas particularidades regionais e desafios específicos. Há também uma aceleração do processo de transformação através do aproveitamento de lições aprendidas em outros contextos, evitando erros já cometidos e replicando casos de sucesso. O engajamento com organizações como a UNESCO fortalece a credibilidade internacional das políticas nacionais de transformação digital. Além disso, existe um potencial de cooperação Sul-Sul, onde o Brasil pode se tornar um difusor regional de boas práticas em transformação digital educacional para outros países da América Latina.
A recente visita técnica do DTC ao Brasil representa um passo significativo no fortalecimento desta colaboração internacional, potencialmente acelerando a implementação da Estratégia Nacional Escolas Conectadas (Enec) e contribuindo para uma transformação digital mais inclusiva e eficaz no sistema educacional brasileiro.
Entre os parceiros do DTC estão:
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) União Internacional de Telecomunicações (ITU)
Objetivos da visita técnica ao Brasil
A visita técnica realizada em Brasília teve como foco principal promover trocas qualificadas sobre os avanços e desafios do Brasil em temas prioritários da agenda digital na educação básica. As discussões buscaram:
Avaliar o estado atual da conectividade nas escolas brasileiras
Identificar lacunas e obstáculos para a implementação da transformação digital
Alinhar estratégias entre o MEC, o Ministério das Comunicações e os parceiros internacionais
A Estratégia Nacional Escolas Conectadas (Enec)
A coordenadora-geral de Tecnologia e Inovação da Secretaria de Educação Básica do MEC, Ana Ungari dal Fabbro, destacou que a iniciativa está alinhada às prioridades do ministério e da Estratégia Nacional Escolas Conectadas (Enec).
“A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas reafirma o empenho do Governo Federal com uma educação pública inclusiva e digitalmente preparada para o futuro. Mais do que levar internet às escolas, buscamos garantir o uso pedagógico, seguro e inovador da tecnologia.”
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A Enec, lançada pelo governo federal, possui eixos principais:
Conectividade: Garantir acesso à internet de qualidade em todas as escolas públicas Infraestrutura digital: Equipar escolas com dispositivos tecnológicos adequados Formação docente: Capacitar professores para o uso pedagógico de tecnologias Recursos digitais: Desenvolver e disponibilizar conteúdos e plataformas educacionais Monitoramento e avaliação: Acompanhar continuamente os resultados e impactos
Desafios da transformação digital na educação brasileira
Embora o texto não mencione explicitamente os desafios discutidos durante o encontro, a transformação digital na educação brasileira enfrenta obstáculos conhecidos:
Desigualdade regional: Grandes disparidades de acesso à internet entre escolas urbanas e rurais Infraestrutura inadequada: Muitas escolas não possuem condições básicas para receber tecnologias Formação insuficiente: Professores nem sempre estão preparados para integrar tecnologias ao ensino Sustentabilidade: Garantir a manutenção e atualização dos equipamentos e sistemas ao longo do tempo Segurança digital: Proteger dados de estudantes e criar ambientes online seguros
Papel dos parceiros internacionais
A colaboração com organizações internacionais como a Unesco, Unicef e ITU traz benefícios importantes para a implementação da transformação digital:
Acesso a expertise técnica especializada
Compartilhamento de experiências bem-sucedidas de outros países
Possibilidade de cooperação técnica e financeira
Alinhamento com melhores práticas e padrões internacionais
Visão externa que pode identificar pontos cegos nas estratégias nacionais
Próximos passos
A visita técnica marcou um passo importante na consolidação do diálogo entre o Brasil e os parceiros internacionais. O MEC reforça seu compromisso com uma política digital integrada e centrada na garantia do direito à educação de qualidade.
Os próximos passos provavelmente incluirão:
Desenvolvimento de planos de ação específicos com base nas discussões realizadas
Implementação de projetos-piloto em regiões prioritárias
Estabelecimento de indicadores de monitoramento e avaliação
Expansão gradual das iniciativas para todas as redes de ensino do país
Fontes Ministério da Educação (MEC): www.gov.br Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco)
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