Lu Brites pelo Brasil em São Paulo: palestra no Mack+ Alfabetização une neurociência e ensino explícito para acelerar a leitura e a escrita

A agenda Lu Brites pelo Brasil chegou a São Paulo para um encontro especial com educadores do Mack+ Alfabetização. Em uma palestra vibrante e prática, nossa CEO e especialista Luciana Brites apresentou como transformar evidências científicas em rotinas de sala de aula que realmente elevam os resultados em leitura e escrita do 1º ao 3º ano — sem “achismos”, com planejamento claro, sequência pedagógica bem definida e acompanhamento contínuo do progresso.

Por que o Mack+ Alfabetização importa

Iniciativas que aproximam universidade, pesquisa e chão da escola ampliam a capacidade das redes e dos professores de tomarem decisões pedagógicas com maior probabilidade de sucesso. Esse é o espírito do Mack+ Alfabetização: criar um ecossistema de formação e apoio que ajude as escolas a ensinar melhor, com foco em resultados mensuráveis e inclusão de todas as crianças. A presença de Lu Brites reforçou esse compromisso, conectando neurodesenvolvimento, Educação Baseada em Evidências (EBE) e práticas de instrução explícita que cabem na rotina.

Da ciência à sala de aula: o que sustenta a alfabetização eficaz

A alfabetização efetiva se organiza em componentes bem estabelecidos pela pesquisa: consciência fonológica, princípio alfabético, decodificação, fluência, vocabulário, compreensão e escrita. Quando esses elementos aparecem em uma progressão clara, com modelagem do professor, prática guiada e feedback imediato, a aprendizagem acelera e as lacunas diminuem. É nessa estrutura que as crianças constroem precisão e automatizam processos, liberando atenção para compreender textos e produzir escrita com propósito.

Os pilares que não podem faltar

  • Consciência fonológica: rimas, aliterações, segmentações e manipulação de fonemas em sessões curtas e frequentes.
  • Princípio alfabético: correspondência letra–som ensinada explicitamente, com exemplos e contraexemplos.
  • Decodificação: prática diária e cumulativa com palavras regulares e, gradualmente, padrões ortográficos mais complexos.
  • Fluência: leitura em voz alta cronometrada, leitura repetida e leitura acompanhada, cuidando de precisão e prosódia.
  • Vocabulário: ensino direto de palavras‑alvo em contexto, explorando significados, relações e uso.
  • Compreensão: perguntas que exigem localizar, inferir e integrar informações — desde frases até textos curtos.
  • Escrita: ditados fônicos, ortografia por padrões, frases com foco em coesão e gênero, e revisões guiadas.

Sequências didáticas enxutas que funcionam

Uma sequência enxuta, de 25 a 35 minutos, produz ganhos consistentes quando repetida diariamente: começar ativando conhecimentos prévios, explicitar o objetivo em linguagem simples, modelar o procedimento “pensando em voz alta”, propor prática guiada em pequenos passos, checar o entendimento e só então passar para a prática independente. Fechar com uma revisão rápida consolida a memória de trabalho e ajuda na retenção. Essa lógica vale para o ensino de grafema–fonema, leitura de palavras e pseudopalavras, fluência com textos curtos e produção escrita de frases e pequenos parágrafos.

Avaliação formativa e RTI: medindo para intervir melhor

A avaliação formativa não precisa ser burocrática. Checagens rápidas de 1 a 3 itens por bloco, leituras cronometradas semanais, ditados curtos e sondagens bimestrais desenham um mapa claro do progresso de cada aluno. Com esses dados, a escola organiza respostas por camadas (RTI): instrução de qualidade para todos (Tier 1), grupos de intervenção focalizada para quem precisa de reforço (Tier 2) e apoio intensivo individualizado quando necessário (Tier 3). O objetivo é simples: intervir cedo, por pouco tempo, com muito foco, e voltar o estudante para o fluxo regular.

Gestão e formação: como sustentar ganhos ao longo do ano

Os maiores resultados aparecem quando a escola cria um ciclo de melhoria contínua. Planejamentos com objetivos observáveis, observação de aulas com foco em práticas de alto impacto, feedbacks curtos e gentis, e encontros quinzenais de análise de dados mantêm a equipe alinhada. A formação em serviço, com demonstrações, coensino e mentorias, fecha o ciclo e garante que a teoria vire prática consistente, da alfabetização inicial ao desenvolvimento de fluência e compreensão textual.

Dicas práticas para começar já

  • Explicite sempre o objetivo da aula em linguagem simples e mostre um exemplo de sucesso antes da prática.
  • Ensine correspondências letra–som em blocos pequenos, revisando padrões em espiral (o “um pouco todo dia”).
  • Use leitura repetida de textos curtos para consolidar fluência e discutir vocabulário em contexto.
  • Aplique checagens rápidas ao final de cada mini‑tarefa e ajuste o próximo passo conforme as respostas.
  • Organize grupos temporários de intervenção (3 a 5 alunos) por 15–20 minutos, 3x por semana, com meta clara.
  • Registre evidências simples: palavras corretas por minuto, taxa de acerto por padrão ortográfico, rubricas de escrita.
  • Comunique progresso às famílias com exemplos concretos (antes/depois), convidando‑as a pequenas rotinas de leitura em casa.

Impactos esperados: mais equidade e melhores resultados

Quando a escola alinha currículo, método e avaliação com base em evidências, os ganhos aparecem rápido: melhora da precisão e da fluência, aumento de vocabulário e compreensão, mais autonomia para estudar e escrever, e redução das desigualdades entre turmas e perfis de alunos. A equidade deixa de ser promessa e vira rotina: cada criança aprende, no seu tempo, com os apoios de que precisa.

Conclusão: ciência em ação para alfabetizar melhor

A palestra de Lu Brites no Mack+ Alfabetização, em São Paulo, reforçou que alfabetizar com qualidade é uma escolha pedagógica sustentada por ciência, intencionalidade e acompanhamento próximo. Com instrução explícita, sequências bem desenhadas e dados à mão, a sala de aula ganha foco, e as crianças avançam com segurança e entusiasmo.

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