No dia 06 de outubro de 2025, a NeuroEscola promoveu o Encontro 5 de sua série de formações, mergulhando em um dos pilares mais fundamentais da alfabetização: a conexão entre som e escrita, conhecida como a base alfabética. Sob a condução experiente da formadora Christine Dias Gomes, o evento reuniu educadores em uma jornada prática e profunda sobre como ensinar o princípio alfabético de forma eficaz, transformando a aprendizagem da leitura e escrita para milhares de crianças.
O tema “Conectando Som e Escrita: A Base Alfabética” é a espinha dorsal de qualquer processo de alfabetização bem-sucedido. Em essência, ele se refere à compreensão de que as letras e combinações de letras representam sons da fala. Parece simples, mas dominar essa relação é o que permite à criança decodificar palavras desconhecidas (ler) e codificar seus pensamentos em escrita (escrever). Sem essa base sólida, a criança fica refém da memorização visual de palavras, um método que, embora funcione inicialmente para um repertório limitado, torna-se insustentável e ineficiente à medida que o vocabulário cresce e a complexidade textual aumenta.
A NeuroEscola, pautada pela Educação Baseada em Evidências (EBE) e pelas neurociências, entende que o ensino do princípio alfabético não pode ser deixado ao acaso. Ele exige intencionalidade pedagógica, sistematicidade e estratégias que respeitem a arquitetura do cérebro leitor. Muitos dos desafios de alfabetização que observamos, inclusive a distorção idade-série, têm suas raízes em uma lacuna nessa compreensão fundamental: a criança não estabeleceu as conexões firmes entre o que ela ouve na fala e o que ela vê na escrita. Isso não é um problema de inteligência, mas de método.

Christine Dias Gomes, com sua vasta experiência, guiou os participantes por caminhos práticos para construir essa base. O encontro abordou como desenvolver a consciência fonológica de forma lúdica, desde a percepção de rimas e aliterações até a manipulação de fonemas. Em seguida, mostrou como associar cada som às suas representações gráficas (letras e grafemas), utilizando atividades multissensoriais, jogos e sequências didáticas que reforçam essa relação de maneira explícita e cumulativa. A formação também explorou a importância da fluência na leitura de letras e sílabas como etapa para a leitura de palavras, frases e textos, enfatizando a prática repetida e guiada.
Para os educadores presentes, a Formadora Christine Dias Gomes trouxe não apenas o conhecimento, mas a segurança de saber que existem ferramentas e abordagens que funcionam. Ela desmistificou a ideia de que o ensino do código é “mecânico” ou “chato”, mostrando como é possível torná-lo envolvente, significativo e respeitoso para cada estudante. O professor que domina essas estratégias se sente mais preparado para identificar as dificuldades e para intervir de forma assertiva, reduzindo o sofrimento da criança que está em processo de alfabetização e acelerando sua autonomia.
O Encontro 5 reforçou a missão da NeuroEscola: levar a ciência da aprendizagem para a sala de aula, de forma acessível e aplicável. A conexão entre som e escrita é a chave para desbloquear o mundo da leitura para as crianças, e nossa aposta é que, com formação de qualidade e estratégias baseadas em evidências, podemos equipar cada educador para acender essa luz.
Se você perdeu este encontro, fique atento à nossa agenda. A NeuroEscola segue comprometida em oferecer formações e programas como o PROLEIA e o PercepSom 2.0, que traduzem esses conhecimentos em materiais e metodologias para a sua rede. Porque quando a base alfabética é sólida, a jornada da leitura se torna uma aventura de descoberta e sucesso para todos.