Luciana Brites pelo Brasil no XIII Seduc em São Gotardo/MG: evidências, inclusão e práticas que transformam a sala de aula

A presença de Luciana Brites no XIII Seduc em São Gotardo/MG marcou um encontro potente entre ciência e prática escolar. Em uma fala clara e inspiradora, a fundadora do Instituto NeuroSaber e líder da NeuroEscola apresentou caminhos concretos para melhorar a aprendizagem de todas as crianças, unindo Educação Baseada em Evidências (EBE), neurodesenvolvimento, inclusão e gestão pedagógica.

Por que a participação importa para educadores e gestores

A atuação de Luciana Brites em eventos formativos costuma aproximar teoria e sala de aula com um foco: cada criança aprende melhor quando o ensino é explícito, estruturado e acompanhado por dados. Em São Gotardo/MG, o XIII Seduc foi um espaço fértil para fortalecer esse compromisso. A mensagem central foi direta: é possível elevar resultados com equidade quando a rede combina boas práticas pedagógicas, formação continuada e intervenções precisas.

Principais temas abordados: do cérebro à prática

A Educação Baseada em Evidências foi apresentada como um eixo estruturante para escolhas pedagógicas. Em vez de modismos, o convite é a olhar para o que a pesquisa mostra que funciona e fazer disso rotina.

Em alfabetização, o foco esteve na progressão que leva da consciência fonológica ao princípio alfabético, avançando para fluência e compreensão leitora. Não basta “saber o alfabeto”: é essencial dominar a relação entre letras e sons, automatizar a decodificação e, então, ler para compreender, inferir, integrar informações e analisar o propósito do texto.

Na matemática dos anos iniciais, a ênfase recaiu sobre sentido numérico, cálculo e estimativa, compreensão de problemas e uso de representações (diagramas, retas numéricas, figuras geométricas). A meta é formar estudantes que pensem matematicamente, validem respostas e expliquem seus caminhos.

A inclusão, ancorada no conhecimento sobre neurodesenvolvimento, propõe metodologias que acolhem crianças com TEA, TDAH, DI e outros perfis, sem perder o rigor pedagógico. Isso envolve clareza de objetivos, rotinas previsíveis, adaptação de linguagem e materiais estruturados, além do uso de modelos de apoio por camadas, como RTI (Resposta à Intervenção).

A dimensão socioemocional atravessa todo o processo. Estudantes aprendem mais quando se sentem seguros, quando entendem metas e quando manejam ansiedade e foco. Rotinas simples de autorregulação e mentalidade de crescimento podem (e devem) conviver com a alta expectativa acadêmica.

O que educadores levaram de volta para a escola

Educadores saíram do XIII Seduc com uma visão prática: planejamento claro, objetivos visíveis aos estudantes, aulas com modelagem (o professor pensando alto), prática guiada e, por fim, prática independente com feedback rápido. Também reforçaram a ideia de monitoramento contínuo da aprendizagem, por meio de sondagens que orientam intervenções breves e frequentes em pequenos grupos.

Para gestores e coordenadores, a mensagem foi garantir tempo protegido para ensino de Língua Portuguesa e Matemática, criar um ciclo de formação continuada com foco no fazer pedagógico e usar dados (internos e externos) para decisões rápidas e bem comunicadas à comunidade escolar.

Boas práticas para implementar já na rede

Uma rotina diária de 15 minutos de leitura guiada com foco em decodificação e compreensão fortalece a base. Ler em voz alta, discutir vocabulário em contexto e pedir que alunos justifiquem suas respostas com evidências textuais cria leitores ativos.

A matemática ganha tração com 10 minutos de cálculo mental e estimativas, seguidos da “leitura tripla” de problemas: entender a situação, identificar dados e pergunta, escolher estratégia. Representações visuais (diagramas de barras, malhas para área e perímetro, retas numéricas) tornam o raciocínio visível.

A intervenção em camadas evita que dificuldades se acumulem. Pequenos grupos, 3 a 4 vezes por semana, por 20 minutos, atacam habilidades específicas (por exemplo, correspondência grafema-fonema ou equivalência de frações), com materiais graduados e metas muito claras.

A checagem formativa muda o rumo da aula. Miniavaliações por habilidade, rubricas simples para escrita e problemas, devolutivas curtas e objetivas e o replanejamento imediato mantêm o ensino alinhado ao que os alunos realmente precisam.

O cuidado socioemocional cabe na rotina. Práticas de atenção plena de 2 a 5 minutos, combinadas com metas semanais de aprendizagem e rodas breves de metacognição (o que aprendi, onde travei, qual estratégia funcionou) aumentam autonomia e confiança.

A escola vai mais longe com as famílias. Leitura compartilhada de 10 minutos por dia, conversas sobre “como você resolveu?” em vez de “qual nota tirou?”, jogos com números no cotidiano e rotinas de sono e telas mais equilibradas potencializam o que acontece em sala de aula.

Exemplos práticos que funcionam no 1º ao 5º ano

Na leitura, use um texto curto e peça que os alunos sublinhem pistas de tempo, causa e opinião do autor. Depois, solicite uma resposta com evidências: “Que frase do texto sustenta sua conclusão?”. Esse movimento simples treina inferência e argumentação.

Para fluência, organize duplas de leitura em voz alta, alternando leitor e ouvinte. O ouvinte usa uma checklist breve (pausas, precisão, entonação). Troque feedbacks em 60 segundos e repita com outro trecho. Essa prática frequente automatiza a decodificação e melhora a compreensão.

Em frações, utilize tiras de papel para modelar equivalência e comparação. Dobrar, marcar e sobrepor cria compreensão concreta antes de simbolizar. Proponha que os alunos expliquem, com desenho e palavras, por que 3/4 é maior que 2/3 (ou quando é maior), incentivando justificativas visuais.

Na resolução de problemas, aplique a “leitura tripla”: ler para entender a história, ler para achar dados e pergunta, e ler para escolher a estratégia. Feche pedindo que cada aluno escreva por que a estratégia escolhida faz sentido para o contexto, não apenas o cálculo final.

Para RTI em alfabetização, crie grupos temporários com foco em: consciência fonêmica (segmentar e juntar sons), correspondência grafema-fonema, decodificação de palavras regulares e fluência em frases. Cada grupo tem 1 ou 2 metas por ciclo de 4 semanas, com reavaliação ao final.

Como a NeuroEscola pode apoiar municípios e escolas

A NeuroEscola integra ciência e prática, oferecendo soluções para redes públicas e privadas que desejam melhorar resultados com inclusão e equidade. Entre os caminhos de apoio estão programas estruturados para alfabetização e numeracia, com materiais da criança e do professor, guias de implementação, planos de aplicação e sondagens bimestrais; formação docente em rede, com linguagem acessível, foco no “como fazer” e acompanhamento por mentorias; palestras e ciclos de mentorias personalizados para os desafios da sua rede; e materiais pedagógicos lúdicos que fortalecem habilidades preditoras da alfabetização e do raciocínio matemático.

A proposta é construir uma cultura de ensino que seja previsível, intencional e mensurável, respeitando os ritmos de aprendizagem e garantindo que cada criança tenha acesso ao que de fato funciona.

Ciência, inclusão e propósito compartilhado

A passagem de Luciana Brites pelo XIII Seduc em São Gotardo/MG reforça um compromisso coletivo: ensinar com base em evidências, valorizar o desenvolvimento integral e oferecer práticas acessíveis que elevem a aprendizagem de todas as crianças. Quando gestores, professores e famílias caminham juntos, os resultados aparecem na sala de aula, nos dados e, principalmente, na confiança dos estudantes para seguir aprendendo.

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